O MUNDO PELA TELA DOS SMARTPHONES
- Roger Vilela
- 23 de out. de 2017
- 3 min de leitura
Atualizado: 7 de jan. de 2021
Você que agora lê este texto, está o lendo pelo seu smartphone? Se sim, você faz parte de um hábito que a cada dia ganha mais adeptos no Brasil e no mundo: o acesso a informação por meio de dispositivos móveis como smartphones e tabletes, que cresce em relação ao uso de computadores para o mesmo fim. Os meios de comunicação tradicionais — jornais e revistas impressas, rádio e televisão — também estão perdendo usuários para as novas tecnologias, algo que os faz repensar o modo de se comunicar com seu público.
Neste ano, os smartphones pela primeira vez ultrapassaram os computadores como o principal meio de acesso à notícias no Brasil. O resultado é do relatório sobre notícias digitais do Reuters Institute for the Study of Journalism da Universidade de Oxford, divulgado em 28 de junho de 2017, o qual entrevistou cerca de 70 mil pessoas em 36 países.
O índice de uso de dispositivos móveis para ler notícias nas regiões urbanas no Brasil foi de 65% em 2017. Já o uso dos computadores para a função ficou em 62%.
Outro dado que o relatório traz em relação ao Brasil é que 46% das pessoas utilizam o WhatsApp para compartilhar e ler notícias. Já no Facebook esse número chega a 57%.
A confiança das pessoas nos meios de comunicação também foi questionado. O Brasil ficou em segundo lugar entre os 36 países. 60% dos brasileiros entrevistados responderam que confiam nas informações divulgadas pelos meios de comunicação. Em primeiro lugar ficou a Finlândia com 62%. Com esse alto índice de confiança, o brasileiro também confia, dá credibilidade no que lê e compartilha no WhatsApp. Esse é um ponto que todos precisam se atentar, pois o compartilhamento de notícias falsas é um problema que cresce tanto no Brasil quanto no resto do mundo, mas isso é uma discussão para outro momento.
O celular (smatphone) é o principal meio de acesso à internet no país desde 2014, segundo o suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgado pelo IBGE em abril de 2016. Aparelhos celulares são usados para navegar na rede em pelo menos 80,4% das casas com acesso à internet no Brasil.
Em 2016, o Google Consumer Barometer realizou uma pesquisa que revelou o crescimento do uso de smartphones entre os brasileiros cresceu. Em quatro anos o aumento foi de 3,5 vezes, de 14% em 2012 para 62% no ano de 2016. No mundo a porcentagem nesse período duplicou, de 33,3% para 70%.

Na mesma pesquisa, 65% dos entrevistados revelaram que pelo menos uma vez na semana acessam as redes sociais pelo celular, 50% usam para assistir vídeos online e 44% fazem buscas.

A internet móvel e os novos dispositivos eletrônicos, como o celular, possibilitou que qualquer um, independentemente de onde esteja, tenha acesso ao que te interessa, tornando o acesso à informação mais democrático. Não é mais preciso comprar ou assinar um jornal, ou ter que ficar na frente da TV religiosamente todos os dias. O computador de mesa, que ainda marca presença na casa de milhões de brasileiros, começa a perder espaço frente a maior necessidade por mobilidade das pessoas.
Hoje o leitor, ouvinte ou telespectador não é apenas um mero receptor, também é um emissor. O meio de comunicação e seu usuário são pontos cruciais no ciclo de uma informação, sem um feedback de quem o utiliza, o meio perde o poder de se regenerar. Para continuar presentes, os veículos tradicionais de comunicação precisam rever o modo de como se conecta com as pessoas. Um exemplo é a união entre o jornal Zero Hora e a rádio Gaúcha, na qual foi criado um novo ambiente digital de informação. Esse novo espaço, amplo e interativo, trará uma maior proximidade com o leitor. Com esse nova forma de apresentar o seu conteúdo, o público desses meios pode ampliar.
Com as novas tecnologias, surgem novos hábitos. A renovação é um fator crucial para o que já é conhecido permaneça presente nas vidas das pessoas. E é isso que jornais como a Zero Hora tentam fazer, renovar-se para se manter presente.
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